ENTRE | Objetos para vestir. Diálogos sensíveis.
Proposta de caráter multimídia na qual o principal objetivo é o processo e não o produto. ENTRE nasce da ideia da construção de obras em wearable art, que tem como um de seus pilares a interação com múltiplas linguagens artísticas. Uma contaminação entre linguagens contemporâneas, propondo um hibridismo que visa à descentralização do processo de criação. A construção propõe-se coletiva e multidirecional, abrindo um amplo espaço para as ressignificações possíveis que surgirão no contato dos artistas convidados com o objeto para vestir. A característica interativa deste trabalho pretende criar novos espaços em arte contemporânea, que já não mais se intitulem desta ou daquela linguagem, um lugar que se chama ENTRE. Um lugar de fronteira, um lugar permeável. A roupa, em seu sentido amplo e desconectado do circuito oficial do comércio, neste trabalho é o fio condutor, um objeto significativo e mediador, cujo objetivo bastante diverso recai sobre a promoção de diálogos imprevisíveis entre diferentes artistas e suas idiossincrasias.
Um estudo sobre como, onde e por que uma indumentária pode acionar um processo criativo.
Foto: Alexandre Guimarães
ALEXANDRE GUIMARÃES
ALEXANDRE GUIMARÃES é um genuíno soteropolitano. 36 anos, estilista, figurinista e artista visual. Cresceu buscando mais a aproximação com a arte do que propriamente com a moda. Essa inclinação o levou a iniciar o curso de Artes Plásticas na Universidade Católica do Salvador e a fazer alguns cursos livres no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM) antes de direcionar a carreira para a moda. A partir dessa decisão, entrou no curso de Estilismo da Universidade Cândido Mendes, no Rio, e concluiu a formação superior na Faculdade da Cidade do Salvador.
Desde 2007 desenvolve coleções de roupas desfiladas em eventos de moda, como Barra Fashion e Rio Moda Hype, e figurinos para audiovisual, como os longas-metragens A Coleção Invisível e TropyKaos, dos diretores Bernard Attal e Daniel Lisboa, respectivamente. Em música, produz figurinos para as cantoras Lia Lordelo e Lívia Mattos; em teatro, assinou as caracterizações das personagens das peças Floresta Debaixo do Mar, da dramaturga Paula Lice, e Demônios, do diretor teatral Daniel Guerra, e colabora criando indumentárias para Performances Art dos artistas visuais Rose Boaretto e Lucas Moreira.
É coordenador artístico, curador e artista visual do projeto ENTRE e há oito anos mantém um ateliê de alfaiataria sob medida na cidade do Salvador.